O medo de ficar desconectado pelo celular tem nome: nomofobia
A psiquiatra da infância e adolescência, Sonia Palma, explica melhor para gente essa fobia: “É esse medo que as pessoas têm de não ficar conectados. Apesar do avanço tecnológico que trouxe para nós, a conexão que pode estar em qualquer lugar do mundo, conversar com qualquer pessoa, mandar material, mas isso também traz um desafio que é pessoas que podem entrar em quadros de medo, pânico de ficar desconectado, incapacitado de se comunicar, gerando então uma série de sintomas que são emocionais e físicos.”
O transtorno atinge principalmente os mais jovens. Entre os sintomas estão: dormir com o celular ao lado, conferir repetidamente mensagens e notificações e sentir desconforto quando está em locais que não tem sinal de internet.
O uso dos aparelhos tecnológicos, segundo a psiquiatra, se torna um problema quando a pessoa priva sua vida social somente ao virtual, virando um dependente da tecnologia: “Quais são os prejuízos: se afastar daquilo que eles gostavam de fazer, se afastam dos amigos, deixam de sair de casa, deixam de ir a festas, deixam de ir ao cinema. Quando você pergunta, você tem amigos? tenho. Mas são amigos virtuais ou amigos reais? são amigos virtuais.”
O diagnóstico da doença só pode ser feito por um psiquiatra, psicólogo ou psicoterapeuta, que analisa além dos sintomas, e identifica as causas e suas relações com outros problemas, como: depressão, ansiedade e transtornos psiquiátricos. Então se você sente desconforto além do normal de ficar desconectado talvez seja a hora de procurar ajuda.
*Com supervisão de Paula de Castro
Saúde Brasília 23/12/2022 – 09:07 Paula de Castro / Beatriz Arcoverde Eduardo Cupertino* – estagiário da Rádio Nacional Nomofobia sexta-feira, 23 Dezembro, 2022 – 09:07 2:03