7 de setembro de 2022

Número de embriões congelados no país aumentou 29% em 2021

Por Angélica Baptista Silva

No ano passado, as clínicas de reprodução assistida registraram o congelamento de mais de 114 mil embriões em todo o país, um aumento de 29% em relação a 2020, ano em que foi declarada a pandemia de covid-19.

O levantamento está disponível no relatório do SisEmbrio, Sistema Nacional de Produção de Embriões, com informações de mais de 90% dos Centros de Reprodução Humana Assistida, cadastrados pela Anvisa.

Para a ginecologista e membro da Diretoria da Associação Brasileira de Reprodução Assistida Hitomi Miura, a queda acentuada na busca por uma gestação foi o impacto da falta de informação a respeito da covid-19.

O documento ainda mostra que, dos 114 mil embriões congelados, no ano passado quase 70 mil foram de mulheres com mais de 35 anos. A especialista Hitomi Miura explica que a idade da mulher interfere no aproveitamento dos óvulos coletados, porque o número dessas células reprodutivas é definido, já no nascimento.

Segundo o relatório, a técnica de embriões congelados permitiu o sucesso de mais de 28 mil gestações, as chamadas gestações clínicas, se somados os anos de 2020 e 2021.

Em 2021 foram congelados mais de 96 mil óvulos, a fim adiar uma possível gestação. Um aumento de quase 70% em relação a 2020, ano do começo da pandemia, quando foram congelados quase 58 mil mil óvulos.

A especialista em reprodução humana Hitomi Miura explica que o congelamento de óvulos é mais comum entre mulheres que têm planos de engravidar, mas ainda não têm parceria, ou que passam por algum tratamento e querem manter os óvulos saudáveis. Já os embriões são comuns entre mulheres que já têm pai ou mãe definidos para o bebê, mas que pretendem engravidar depois.

Saúde Brasília 09/08/2022 – 15:54 Paula de Castro / GT Passos Sayonara Moreno – Repórter da Rádio Nacional embriões congelados Reprodução assistida terça-feira, 9 Agosto, 2022 – 15:54 165:00